A Grande Beleza [La
Grande Bellezza, Itália/França, 2013] de Paolo Sorrentino.
No filme, o protagonista e escritor Jap Gambardella (Toni
Servillo) de 65 anos de idade reflete sobre sua vida e mostra o modo de vida da
elite italiana, a futilidade e a amargura. O filme é recheado de festas, noitadas,
bebedeiras, drogas, casos passageiros etc.
Para mim a tal "grande beleza" do título pode ser
representada pelas belíssimas obras de arte que aparecem no filme, o encanto de
Roma, mas principalmente pelos jardins. A simetria, presença de água e obras de
arte são algumas das características de jardins romanos.
Os incríveis jardins falam muito sobre a sociedade
representada no filme, que é podada, controlada e sem forma natural em prol de
uma estética absolutamente simétrica. Em uma das cenas aparece a colocação de
botox em série, para que as marcas e expressões sejam eliminadas. Vale a pena
ver não só pelos jardins, mas pelo filme que também mostra uma série de
reflexões existenciais e bem poéticas, além disso, o filme é muito bem feito em
tudo, fotografia, edição, montagem, trilha sonora, enfim... Não percam!
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