O Jardineiro Fiel (“The
Constant Gardener”, EUA, 2005) de Fernando Meirelles
O filme conta a história de um
diplomata britânico, chamado Justin (Ralph Fiennes) apaixonado por jardinagem e
sua esposa Tessa (Rachel Weisz), uma ativista de causas humanitárias. Ele cuida
dos pequenos jardins, e em muitos momentos observo que como terapia, e ela
cuida do jardim do mundo, uma das metáforas mais lindas que já vi. Na minha
segunda cena predileta ela chega correndo toda molhada enquanto ele olha a
chuva pela janela, ela vive a chuva enquanto ele observa.
A minha cena preferida é logo no
começo do filme, quando nosso jardineiro recebe a notícia da morte de sua
esposa. Ele estava regando as plantas quando recebe a notícia de que sua amada
havia morrido - ele, um diplomata britânico, não podia chorar – então, neste
exato momento amassa uma planta, um Sedum
sp, e aquele aperto que era sua própria sensação fez com que a planta
soltasse uma gota, sua lágrima, o seu choro. Eu, que já era fã de Fernando
Meirelles, depois desta cena o classifiquei na minha lista dos 10 melhores
diretores de cinema.
A história principal é um grande
conflito ético, um teste de medicamentos em pessoas de comunidades pobres, pessoas
inocentes que estão sendo cobaias e acabam morrendo por usarem, sem
conhecimento e consentimento, medicamentos que ainda estão sendo testados. Fica
claro que os poderosos pensam que estas pessoas já estariam mesmo condenadas à
morte e que poderiam ser usadas em testes com fins lucrativos.
Quem não viu o filme, corra...
Vale muito a pena!