Perdido em Marte (The
Martian) USA - 2015, dirigido por Ridley Scott, do romance escrito por Andy
Weir.
Desde Blade Runner que virei fã de Ridley Scott, é lógico
que nem todos os filmes eu adorei, mas o considero um grande diretor principalmente
nos de ficções científicas.
No filme, o astronauta Mark Watney (Matt Damon) está com sua equipe numa
missão em Marte quando eles são atingidos por uma severa tempestade. Mark é
ferido por destroços, é dado como morto e abandonado. Após um tempo ele acorda
sozinho no planeta vermelho.
O que me motivou a escrever sobre esse filme não foram as
plantas raras ou os belos jardins, mas a alegria de saber que para sobreviver,
com suprimentos escassos ele é obrigado a plantar em Marte e isso só possível porque
ele é botânico.
O filme é recheado de pequenas cenas cômicas e numa delas alguém da equipe diz que com a ausência de Mark sobraria espaço na nave e ele não faria
falta, afinal era simplesmente um jardineiro. E se não fosse provavelmente
teria morrido.
A felicidade que o personagem e eu sentimos quando os brotos
de batatas começaram a crescer nos fez sorrir. Sim, ele consegue plantar e
comer as batatas, fez uma plantação sustentável usando o habitat pressurizado
para criar as condições ideais e solo marciano para o cultivo. Estudos
mineralógicos, como o do Opportunity, que chegou em Marte em 2004 e está
funcionando até hoje, mostram que o solo lá é rico em minerais, suficiente para um
cultivo pouco exigente, como o de batatas. Bem, mas para fixar o nitrogênio
eram necessárias as bactérias, mas isso nós temos de sobra e eliminamos uma boa parte nas
fezes. Pronto a fertilização está feita e as batatas cresceram.
Particularmente eu gostei do filme, não é um Blade Runner, mas é bem melhor que os últimos.