Attila Marcel - França (2013) – Direção Sylvain Chomet
A trama gira em torno de Paul (Guillaume Gouix), que quando tinha dois anos de idade viu seus pais morreram e trauma lhe fez perder a fala. Agora por
volta de 30 anos Paul é pianista e mora com duas tias aristocratas. Sua vida é
uma grande rotina até que entra no jardim da Madame Proust (Anne Le Ny), sua
vizinha excêntrica e divertida que vai ajudá-lo a começar a viver. Para tanto
ela conta com a ajuda de alguns chás de aspargos e cogumelos cultivados por ela
mesma no seu apartamento em Paris.
Duas cenas me chamaram muita atenção, a primeira uma grande
castanheira presente em um parque perto da casa de Paul, linda no meio da
praça, onde as crianças brincam e aproveitam sua sombra. A mesma mais tarde
será cortada, uma pena, pois do modo que aparecem os pedaços cortados não
existe nada que justifique o corte, mas sim um tratamento na árvore. Aparecem pessoas
contrárias ao corte, típicas francesas.
A segunda e mais significativa, que me fez suspirar, foi o
apartamento transformado em jardim, onde eram cultivados muitos legumes e
flores, simplesmente lindo. É o máximo, os espelhos pendurados para que o sol
seja refletido para todos os cantos, afinal hortaliças precisam de muita luz.
E é exatamente lá que Paul quebra a dormência e se lança para vida, como uma semente.
O filme é cheio de metáforas e poesia, vale a pena ver!
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