domingo, 19 de outubro de 2008

Gigi

Gigi

Gigi – EUA, 1958 , Direção: Vincente Minnelli.
Elenco: Leslie Caron (Gigi), Maurice Chevalier (Honore Lachaille), Louis Jourdan (Gaston Lachaille), Hermione Gingold (Madame Alvarez)
Muito bom ver três lugares que adoro de Paris em um único filme. Essa oportunidade eu encontrei em Gigi. O longa começa com a apresentação de alguns personagens e do local onde se passa a primeira cena, nada menos que Bois de Bologna, o parque “bosque” de Paris. Para quem não sabe, ele foi o modelo de inspiração do Parque Ibirapuera. Em estilo francês, muitas árvores crescendo livremente, lagos com barcos e ervas daninhas bem desenvolvidas.
No decorrer do filme aparecem cavalos e carruagens transitando no local, aliás na vida real em tempos atuais, passam por lá centenas de bicicletas e motos.

O outro lugar maravilhoso é o Jardin de Luxemburg, que é lindíssimo! Tem um dos caramanchões mais belos do mundo.

E por último, o famoso Versailles, obra de Le Notre que como diz uma amiga, não é preciso ir à França para saber que é o jardim de Versailles.

Além dessas três maravilhas ainda aparece Paris em grande estilo com ruelas e muitas trepadeiras de todos os tipos e cores e um show de primavera, gardênias, rosas trepadeiras e outras.

E para completar vasos de barro envelhecido com muitos gerânios, ixoras, rosas, sem falar na infinidade de arranjos de muitíssimo bom gosto.

O musical romântico retrata a vida da jovem Gigi. Ela mora em um apartamento simples com sua avó e é treinada pela tia para ser um modelo de dama. Só que ela é irrequieta e tem amizade com o solteirão mais cobiçado da cidade, bonito, rico e simpático, até que este percebe que está apaixonado pela beldade.

O Filme ganhou nove Orcars além de outros prêmios. Vale a pena conferir.

Caos Calmo





Caos Calmo


Caos calmo – Itália e Reino Unido 2008 – Direção Antonio Luigi Grimaldi.
Elenco Nanni Moretti, Valeria Golino, Alessandro Gassman

Calma foi a reação que Pietro (Nanni Moretti) escolheu para lidar com o caos da morte súbita de sua mulher.

O filme começa em uma praia e com uma vegetação típica, palmeiras, alpinias, gerânios etc, em uma fotografia muito bonita.

Talvez por culpa da sua ausência na hora da morte de sua mulher, ele decidiu esperar todos os dias por sua filha na praça em frente à escola que ela estudava para que ela não se sentisse abandonada. Enquanto isso, a empresa que ele trabalhava estava preste a concluir a fusão com uma empresa americana.

Nesse cenário capitalista é a praça que humaniza. As praças são espaços democráticos onde pequenos gestos como conversar com o garçom, cumprimentar pessoas que não se sabe o nome e alegrar um menino com síndrome de Down fazem toda a diferença.

O jardim da escola é interessante. Tem camélias, cercas vivas de durantas, trepadeiras de unha-de-gato e hera variegata, e ainda maravilhosas laranjeiras.

Na praça, o plano mais baixo, gramado (relva) e as folhas no chão nos mostram as mudanças de estações. As árvores alinhadas agem como moldura do belíssimo cenário. Além disso, as ruas que aparecem, com exceção das áreas centrais, são elegantemente arborizadas.